A Formação Docente e as Organizações Internacionais: uma agenda focada na performatividade dos professores e na eficácia escolar

Saraiva, Ana Maria Alves; Souza, Juliana de Fátima. Currículo sem Fronteiras v. 20 n. 1 p. 129-147 jan./abr. 2020.

O objetivo do artigo consiste em evidenciar o papel de organizações internacionais na construção de uma nova agenda para a formação docente, em especial no âmbito da América Latina e Caribe, enquanto manifestação de uma regulação transnacional das políticas educativas, que se apoia na eficácia escolar como medida de qualidade do sistema. Os referenciais teóricos predominantes são os da regulação educacional (João Barroso e Christian Maroy), com ênfase na regulação transnacional, e a ideia de Agenda Globalmente Estruturada para a Educação, desenvolvida por Roger Dale. Em termos metodológicos, o estudo contemplou documentos acerca da profissão e formação docentes elaborados no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Oficina Regional de Educação para a América Latina e o Caribe (Orealc) entre os anos de 2010 e 2018. Constatou-se que essas organizações contribuem para um isomorfismo das políticas de formação docente ao redor do mundo, que são cada vez mais direcionadas segundo uma cultura de performartividade e de avaliação de resultados.

Acesse o artigo

Rolar para cima