ANDRADE, Camila Raquel Benevenuto de. 2016. UFMG. Dissertação: Mestrado em Educação. Orientação: Adriana Maria Cancella Duarte.
Esta dissertação teve como objetivo geral traçar o perfil e as condições de trabalho dos profissionais que atuam no Programa Escola Integrada (PEI) da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME/BH), na etapa do ensino fundamental. O Programa iniciou-se em 2006 em sete escolas municipais, como experiência-piloto, e hoje faz parte da política educacional da capital mineira. Na investigação, buscou-se verificar o perfil socioeconômico, cultural e profissional e as condições de trabalho que estão submetidos estes trabalhadores. Para atender a essas questões foi realizada uma pesquisa quantitativa, a partir da construção de um survey, o instrumento utilizado para a pesquisa foi o questionário aplicado em trinta escolas da RME/BH. Os sujeitos participantes da pesquisa foram os profissionais atuantes no PEI dessas 30 escolas,ou seja, monitores e bolsistas. Os dados coletados foram analisados por meio do programa de análise de dados PSPP. O referencial foi construído com base no estudo das políticas de Educação Integral; concepções sobre educação integral no Brasil, a evolução da legislaçãosobre a ampliação da jornada escolar, o debate acadêmico sobre a inserção de novos profissionais nas escolas, análise do Programa Escola Integrada, Escola Plural e, por fim, a a presentação dos dados coletados na pesquisa. Vários autores foram mobilizados para esteestudo, destacando-se: Coelho (1997), Cavaliere (2002), Maurício (2009), Moll (2011), Le Vasseur e Tardif (2009), Dayrell, et.al (2012), Macedo, et.al (2012). Os resultados dessa dissertação apontaram que os profissionais do PEI são monitores e bolsistas extensionistas, nasua maioria monitores (181) e bolsistas (14), mulheres, pardas, solteiras, católicas, recebem menos de um salário mínimo, trabalham 30 ou 40 horas, possuem relação afetiva com os alunos, ministram oficinas de Artes, Música e Corpo, Esportes, Para Casa, Meio Ambiente e Informática, possuem em média 25 estudantes em suas turmas. As condições de trabalho são precárias, os locais para realização das oficinas são na sua maioria adaptados, os instrumentos de trabalho medianos e os salários são considerados baixos.
