Política e gestão da educação

Dalila Andrade Oliveira e Maria de Fátima Felix Rosar (Organizadoras)

Editora Autêntica, 2008

A escola e seus professores, seus alunos, seus funcionários e pode-se acrescentar o que queira. Mas não há como escapar da pergunta: como coordenar, como dirigir, como governar essas muitas pessoas e instâncias? O poder atravessa essas relações, e é por meio da gestão que é possível se estabelecer estruturas horizontais em que todos esses participantes possam formar uma comunidade real. Por meio de um certo tipo de gestão é possível encontrar formas de convivência democrática que possibilitem novos cidadãos. Para além disso, há as micro-políticas que se dão no cotidiano em torno do agir e do pensar a escola. E há que se refletir sobre as políticas que dão os – muitos vezes estreitos – limites dentro dos quais a escola age. Por exemplo, a questão da municipalização está em pauta. Por ser a atual legislação definidora de atribuições e competências dos entes federados e disciplinadora nos gastos com a manutenção e o desenvolvimento do ensino, acaba por estimular a municipalização como estratégia de gestão da educação. Neste livro, discute-se ainda como as orientações mais recentes têm o financiamento como principal instrumento; o financiamento da educação pública tem sido utilizado como importante estratégia para obrigar os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos a adotarem modelos de gestão que têm em vista objetivos, definidos pelos organismos internacionais, para alcançar a eficiência e a equidade neste setor. Diante de tudo isto é bom que não nos esqueçamos das palavras de Maurício Tragtenberg: Sem escola democrática não há regime democrático; portanto, a democratização da escola é fundamental e urgente, pois ela forma o homem, o futuro cidadão.